Durante o período do Brasil Colônia, a moeda desempenhou um papel crucial na facilitação das trocas comerciais e no cotidiano das pessoas. Inicialmente, as transações eram feitas, principalmente, com base no escambo, onde produtos eram trocados diretamente. Contudo, com a complexidade crescente das transações e a necessidade de uma medida de valor mais consistente, surgiu a necessidade da introdução das moedas metálicas.
As primeiras moedas a circularem no território eram de origem portuguesa, como os réis, que se tornaram a base para as atividades financeiras. A circulação de moedas estrangeiras era comum devido à falta de uma padronização e à dependência de importações. Era uma realidade complicada, já que o valor intrínseco da moeda, baseado no material de que era feita, influenciava diretamente a percepção de seu valor.
A chegada da família real ao Brasil em 1808 trouxe mudanças importantes. A fundação do Banco do Brasil nesse período foi um marco significativo, pois possibilitou a emissão de papel-moeda, que começou a conviver com as moedas metálicas. Essa introdução foi essencial para modernizar e facilitar as trocas, mesmo que a aceitação do papel-moeda enfrentasse resistência pela população acostumada às moedas com valor intrínseco.
Com a independência do Brasil e a transição para o Império, a necessidade de se consolidar uma identidade financeira tornou-se prioritária. Foi então que, durante o reinado de D. Pedro II, ocorreu uma reforma monetária importante que buscou organizar o sistema monetário brasileiro, introduzindo novas cédulas e moedas. Essas reformas visavam não apenas melhorar as trocas internas, mas também fortalecer a confiança dos cidadãos no sistema.
Assim, desde os primórdios do Brasil Colônia até o Império, a moeda teve um papel fundamental na transformação da sociedade e na trajetória de desenvolvimento brasileiro. A evolução do sistema monetário reflete não só mudanças técnicas, mas também adaptações às circunstâncias e desafios enfrentados ao longo dos séculos, moldando profundamente a vida cotidiana naquela época.