A introdução do Cruzado no Brasil foi um período de grande transformação. Durante os anos 1980, o Brasil enfrentava altos índices de inflação, o que motivou diversas tentativas de estabilizar o cenário monetário. Entre essas tentativas, destacou-se a introdução do Cruzado em 1986, substituindo o antigo Cruzeiro.
Este novo ciclo começou como parte de um plano econômico mais amplo, conhecido como Plano Cruzado, que buscava conter a inflação galopante. A moeda foi convertida na razão de 1.000 cruzeiros para 1 cruzado, trazendo um alívio inicial e uma sensação de otimismo para a população.
O Plano Cruzado também introduziu medidas adicionais, como o congelamento de preços e salários, na tentativa de controlar o custo de vida e promover estabilidade. Durante os primeiros meses, os resultados aparentavam ser positivos, com uma sensação de alívio entre os cidadãos. Contudo, a euforia foi de curta duração. Logo ficaram evidentes problemas no controle de preços, levando a um desabastecimento em alguns setores.
Com o tempo, a pressão inflacionária voltou a crescer. Surgiram mercados paralelos e o retorno da inflação, obrigando o governo a introduzir mudanças nos planos. O Cruzado passou por várias adaptações, e em 1989 uma nova moeda, o Cruzado Novo, foi introduzida, na tentativa de corrigir os desequilíbrios anteriores.
Este período é lembrado como um dos esforços mais significativos na busca por estabilização monetária no Brasil, e apesar dos desafios enfrentados, proporcionou lições importantes para futuras reformas. A história do Cruzado é marcada por desafios e tentativas de conter a instabilidade financeira, um tema que ressoou profundamente nas décadas subsequentes na história do país.